Ganhava razoavelmente bem mas chegava ao fim do mês sempre apertado. Tinha aquela sensação estranha de não saber para onde ia o dinheiro. Cada despesa inesperada – o carro, um problema em casa – virava uma mini-crise. A minha companheira insistia que precisávamos de um plano, mas eu achava que poupar era simplesmente gastar menos. Spoiler: não é só isso.

As primeiras semanas foram reveladoras de forma quase incómoda. Rastrear cada gasto mostrou-me padrões que eu nunca tinha visto. Tipo, quanto eu gastava em cafés e almoços fora. Não era sobre cortar essas coisas – era sobre fazer escolhas conscientes. A mentora, a Dra. Brites, tinha exemplos reais de outras pessoas que me fizeram sentir que não estava sozinho nesta confusão toda.

Hoje tenho um fundo de emergência que cobre quatro meses de despesas. Parece simples mas mudou completamente a minha relação com dinheiro. Durmo melhor. Quando há uma despesa inesperada, não entro em pânico. Automatizei as poupanças para nem ter de pensar nisso. E curiosamente, não sinto que vivo com menos qualidade – apenas com mais intenção. A minha companheira diz que fico menos stressado. Tem razão.